segunda-feira, 30 de setembro de 2013

O texto que nunca tive coragem de terminar...


Você pode ler esse texto ao som de John Mayer - Tracing

O pior problema é querer muito de uma pessoa, e ela não poder alcançar o que você deseja. Pensamos nossa vida como nas novelas, filmes, no final tudo dará certo, seremos felizes, com futuros perfeitos, mas nunca será assim. Isso são só pra te causar ilusões. A realidade é cruel, somos obrigados a dar tudo de nós, para uma pessoa que nunca fará metade. Queremos ser felizes, mas a pessoa que nos faz feliz não dá um passo pra isso se tornar concreto. Ficam na imaginação, os momentos, os planos, a vida, o futuro. Essa mania de querer amar e receber o amor na mesma intensidade nem sempre é válida, muitas das pessoas só enxergam quem realmente está do lado quando tudo está acabado, destruído. Mas aí, não adianta chorar, pedir, implorar, suplicar, ligar, declarar, você terá que se reconstruir de outro jeito, de outra maneira. Quem estaria do seu lado pra te consolar, ajudar, cuidar de sua dor e de você, já está em outros braços, querendo outros carinhos… Poderia ser você esses braços, mas fez errado, fez o que quis na hora que não era pra fazer nada, e não fez nada na hora devida. O tempo correu rápido, e você se lamentou um bocado, sendo que poderia ser feliz em vez de se culpar do que se foi e não volta mais.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Você ainda está em mim

 Você pode ler esse texto ao som de Becky Hill - Last Request

Tanto tempo sem nos vermos e eu não consigo tirar o seu -eu- de mim.
Tenho saído pra me distrair, conheci outros caras, interessantíssimos por sinal, mas as suas lembranças ainda estão aqui dentro, acesas como brasas, queimando meu peito e me torturando com a saudade de tudo que vivemos.
Outro dia saí pra jantar em um lugar bem maneiro sabe? O cara com quem saí é um verdadeiro príncipe, me tratou super bem, puxou a cadeira pra eu me sentar, abriu a porta do carro, super cordial, me manda mensagens lindas de 'bom dia', me manda flores... Ele tem me levado aos melhores lugares, acho que qualquer mulher se sentiria honrada em sair com ele, mas eu não...
Cada beijo que ele me dá eu imagino os seus lábios tocando os meus, a cada abraço eu sinto a necessidade de estar dentro dos teus braços me acolhendo como só você sabe fazer. Sinto falta das nossas conversas diárias, dos momentos mais simples. Era maravilhoso te encontrar após um dia cansativo de trabalho e poder sentir o calor do teu corpo junto ao meu. 
Uma das piores coisas da vida é fingir. Fingimentos de qualquer espécie, ordem, tamanho, tipo, grau. Odeio fingir. Me sinto mal, me sinto atriz, me sinto fora de mim. Mas é necessário. De vez em quando é, acredite. Sempre finjo quando digo que não me importo mais contigo.
Mas eu preciso me desligar de você, seu eu não sair com outro cara como vou te esquecer? Confesso que isso está cada vez mais difícil...
Todos os momentos que já passamos não da pra tentar voltar atrás e fazê-los durar ou tentar reverter as coisas ruins que aconteceram, todas as coisas que nós esperamos um do outro nós nunca seremos, eu queria não ter visto toda a realidade, mas tudo serve pra crescimento e amadurecimento, é difícil aprender com a dor, e você bem sabe disso, eu sei que dói em você os ~espinhos~ da minha raiva, palavras machucam e ficam remoendo na nossa cabeça, mas o perdão ta aí pra isso. Pisei no meu orgulho e fui atrás de você todas as vezes que achei necessário, muitas vezes eu até brigava comigo mesma por ter corrido tanto atrás de você, por tantas vezes eu me senti um lixo quando notava sua indiferença e seu desprezo, me cobrei demais por ter criado expectativas onde não deveriam ter existido nada. Mas olha, as coisas ruins passaram, ficaram as marcas e cicatrizes, estão fechadinhas sabe? Não tenho expectativa ou esperança de que algo ainda aconteça entre a gente, talvez não fosse para acontecer mesmo e eu tenha forçado toda a situação, disse que te amo só pra você saber que o sentimento mais bonito e sincero de todos ainda ta aqui, guardadinho num canto, ta escondido, mas ainda ta aqui, só não sei dizer por quanto tempo ele vai ficar...

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Sou dessas...



Sou dessas que fala e se arrepende em seguida achando que foi longe demais. Dessas que põe trilha sonora em volume máximo até para lavar a louça. Dessas que, não importa a idade, vai chegar em casa e brincar com os cachorros e até rolar no chão com eles.

Sou dessas que escreve o que sente, o que imagina, o que vive e o que outras pessoas podem estar passando. Dessas que se deixa levar pela empolgação. Dessas que prefere o "com quem" ao "onde". Dessas que chora ao ver filme do Tim Burton.

Sou dessas que, se for pra se entregar, será por inteiro, mas que demora até tomar tal decisão. Dessas que colocaria uma mochila nas costas e conheceria o mundo. Dessas que ainda não tem ideia de quem é ou o que quer na vida. Dessas que quer de tudo um pouco. Dessas que nunca soube brincar com bambolê ou ioiô.

Sou dessas que manda mensagens bobas para quem eu gosto. Dessas que corrige português. Dessas que tenta excluir o sotaque de brasileira quando fala outro idioma. Dessas que aperta todos os botões do controle quando joga Street Fighter ou Mortal Kombat. Dessas que já tem vontade de tatuar todo o corpo.

Sou dessas que já quis ser estilista. Dessas que tem vergonha da adolescência. Dessas ex-atletas que ainda sonham em voltar ao tatame. Dessas que não conseguem dormir quando tem muitas ideias na cabeça. Dessas que não param porque tem energia demais correndo pelas veias. Dessas que faz cinco coisas ao mesmo tempo. Dessas que tem vontade de ter o cabelo colorido, ondulado, cacheado, liso, longo e curto.

Sou dessas que precisaria de mais dias na semana. Dessas que só sabe fazer bolo de chocolate e outras receitas nada saudáveis. Sou dessas que ouve mil vezes a mesma música até decorar a letra. Dessas que canta junto em musicais. Dessas que ficam vermelhas e com o coração disparado após um simples olhar. Dessas que sonha de olhos abertos ou fechados, tanto faz...

Sim, eu sou dessas - e muito mais.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

É hora de um novo recomeço


Ontem eu abracei alguém e por um momento senti novamente o arrepio que só o calor do teu corpo conseguia arrancar de mim. A sensação era boa, mas a lembrança era péssima. Pensar em você na maior parte dos meus inúteis segundos que logo viram minutos e se multiplicam muito rapidamente transformando-se em horas, é como estar numa divisão entre raiva, tristeza e felicidade. Raiva por ser tão fraca e não conseguir excluir você de vez da minha mente. Tristeza por ter que tentar fazer isso contra a minha vontade. E felicidade por sorrir lembrando-me das poucas coisas boas que vivemos e que eu insisto em tentar reproduzir em cada rosto, cada sorriso, cada história que eu ouço e sinto vontade de te contar, cada música que eu tento me encaixar pensando em ti e em cada tudo que me rodeia.

Mas ontem, naquele momento daquele abraço que aquele alguém me deu, eu parei no tempo e fiz questão de lembrar não só da sensação boa que sentia quando você me abraçava daquele jeito, mas também te todas as coisas ruins que você me fizera passar nos últimos meses. E então ali, naquele momento ganhei um estimulo para colocar um fim no “quem sabe” que me perseguia.  No “quase” que me torturava por me manter em cima desse muro sem coluna. No “talvez” que insistia em me dar falsas esperanças. E no “eu tentei” que me enchia de raiva por não segurar a minha onda.

Quem sabe isso é só uma fase? Eu quase liguei pra ele. Eu quase não me importo mais. Eu quase não sinto ciúmes. Eu quase nem lembro mais. Talvez ele só precise de um tempo. Talvez ele só queira que eu corra atrás. Talvez ele só queira que eu dê mais valor. Quem sabe a gente não volta? Eu quase bati na porta dele ontem. Talvez ele abrisse se eu tivesse ido. Quem sabe. Eu quase. Talvez. CHEGA! Chega desse ciclo de corridas sem sair do lugar. Chega de ilusão. Chega de sofrer em vão. Há amigos me esperando para uma noitada. Há outros homens nesse gigante que chamamos de mundo. Há mais diversão. Tem um sorriso imenso escondido aqui dentro morrendo de vontade de ser aberto. Há uma vontade gigante de querer voar sem depender de uma asa que já foi cortada há muito tempo.

E hoje quando acordei, pela primeira vez em meses não corri para o celular para checar as mensagens na esperança de algum "bom dia branquinha" dele. Acordei sem reclamar do sol que batia no meu rosto. Sem aquele fardo de tristeza que pesava sobre o meu ombro. Hoje eu sorri inúmeras vezes na mesa do café com os amigos do trabalho. O mundo gira. O tempo corre. E tudo passa. Então chegou a hora de deixar esse caminhão de dias cinza partir e dar espaço para uma Ferrari de felicidade estacionar. É hora de um novo recomeço. 

segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Nocaute



Foi um soco de nocaute. Eu caí no chão, imóvel, sem chance de reagir. Falha minha. Baixei a guarda achando que a luta já havia terminado. E aí veio o golpe certeiro. Eu acho que até conseguiria levantar, mas verdade seja dita: Não sei se quero. Não sei se vale a pena tentar continuar essa briga. 

Sim, eu desisto. Você venceu. Satisfeito? Essa sou eu caída novamente, inerte. O que vem a seguir? Golpe fatal ou de misericórdia? Não sei bem qual seria melhor, mas acho que se eu tivesse que escolher, seria o primeiro.

Pode vestir o cinturão e receber seus aplausos de vencedor. Até te cumprimento se isso significar o fim dessa algazarra toda. Mas promete que essa foi a última vez. Não vê meu estado? Não percebe que estou cansada e sem forças?

Se você algum dia se importou comigo, vai logo. Leve essa gente toda com você e apague as luzes. Eu fico bem sozinha no escuro. Aliás, fico bem em quaisquer condições desde que você não esteja mais. Você já deixou suas marcas no meu corpo, agora, me permita o tempo de recuperação.

Um dia eu levanto. Devagar, eu levanto. Mas ainda é cedo pra isso. Preciso ter certeza de que os holofotes estejam frios para que ninguém me veja cambalear antes de conseguir reconquistar o equilíbrio e fazer com que minhas pernas se firmem.

Dei tudo de mim. Tudo. Não lutei só com corpo, mas com coração e alma junto. Eu coloquei coisa demais em risco e perdi. 

Então, vou até a enfermaria fazer curativos e suturas. Quando tudo estiver cicatrizado, voltarei ao ringue – com outro adversário. De você, quero distância. Não vou pedir revanche, não se preocupe. A partir de agora, eu só quero você lá e eu aqui. Sempre. Por favor.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Eu não preciso mais de você

Hoje meu coração me fez uma revelação bombástica: a de que eu não preciso de você.
Fiquei verdadeiramente surpresa com o anúncio. Como assim? De uma hora para a outra?, indaguei.
E foi então que ele me explicou...

Não foi de repente.

Não precisar mais de você não foi uma decisão, mas apenas a consequência de um longo processo que começou há muito tempo. 
As pequenas coisas foram se somando e, paulatinamente, matando o que eu sentia por você. 
No começo, eu pensava que o problema era eu. Que eu era errada demais. Que eu simplesmente não era boa o suficiente para você. E aí meu coração foi se sentindo sufocado. Desanimado. Desbotado. Sentiu vontade de desistir de mim. Mas não pensava em desistir de você, afinal,você era a razão pela qual ele batia.
Mas, as pequenas coisas... elas foram crescendo. 
No começo, era apenas a indiferença de vez em quando.
Depois, foram as palavras, cada vez mais duras. E, por fim, foi o seu olhar. Ah... aquele olhar botou um ponto final em tudo. Aquele olhar que costumava ser brilhante e doce, não sei como, tornou-se frio e distante. Não havia mais admiração naquele olhar, só desprezo, distanciamento, desamor.
E aí, nem mesmo a teimosia crônica deste ingênuo coração foi suficiente. Não dava mais. Ele foi vencido pelo cansaço.
E, ao não ter mais opções, percebeu que só sobreviveria se encontrasse outra maneira de respirar. Precisava se reinventar.
No processo de reciclagem, ao se desfazer de tudo que não servia mais, você foi descartado. Desculpe, não é por mal. Eu até poderia te manter ali, mas você ocupava espaço demais, um espaço precioso, privilegiado. E esse espaço agora foi requisitado. 

E, no balanço de tudo, veio a conclusão: eu não preciso mais de você.

Não há nada errado com quem você é


Tá tudo bem, menina. De verdade. O cenário não está tão ruim quanto você pensa. A sua mente está brincando com você (de novo). Levanta. Você consegue, eu sei disso. Só você não conhece a sua força. 

Menina, olhe-se no espelho como se fosse a primeira vez. Esquece todos os defeitos que você se atribuiu. Deixa pra lá todos os conceitos que você tinha de si mesma e se veja como realmente é. Permita-se esse encontro. E, ó... Tá tudo bem se achar bonita. Já notou que seus olhos tem um fundo esverdeado? Já reparou como seu sorriso é cativante?

Ah, menina, se você ao menos soubesse quão especial você é. Eu queria que você percebesse isso. Mas, a venda nos teus olhos foi amarrada com nós cegos e as pontas se perderam no entrelaço. Rasgue-a se for preciso. Não posso fazer isso por você. Não posso entrar na sua cabeça e te fazer notar que tudo que você pensa está totalmente equivocado. Acho que, lá no fundo, você sabe disso. Só não consegue acreditar.

A verdade, menina, é que você não é perfeita e nem precisa ser. Cair, errar, fraquejar, é normal. Aceite que nem sempre você vai acertar. E aprenda a enxergar que isso não quer dizer que você não é boa suficiente. Isso é apenas a vida sendo vida. 

Sua falha não é falta de amor, menina. É o excesso dele. Seu coração é inflado e corre o risco de estourar. A falta de sentimento está nos outros e, por mais que seja bom o que você tem a oferecer, as pessoas tem a opção de negá-lo. Paciência. Não é culpa sua (dá pra por isso na sua cabeça, de uma vez por todas?).

Você veste luz. Isso é raro nos dias de hoje. E tá tudo bem brilhar, menina. O mundo já está escuro demais, portanto, não deixe que te apaguem. Aliás, não se apague. Esse é o meu medo... Que você faça isso com você mesma. Promete que não, tá?

Ei, menina... Vem aqui fora, olha pro céu e veja que o pior já passou. Acredite em mim: Tá tudo bem. Ou vai ficar.


-Leca Lichacovski

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Ruídos que gritam!


Sabe aquele pequeno ruído, que você repara ás vezes, quando se encontra em um lugar verdadeiramente silencioso e quieto?
É, aquele zunido… “Especialistas” dão a esse fenômeno o nome de “ilusão auditiva”, que acontece, devido a pouca capacidade dos seus ouvidos de detectar sons abaixo da limiar do sentido racional humano.
Mas…
Não acredite! Sinceramente, isso não é verdade. 
Esses ruídos vão bem além disso. 
Se você for calmo, atencioso, veloz e se tiver um pouco de sorte, você perceberá que aquilo não são apenas ruídos. 
O que você ouvirá são vozes sussurrando serenamente umas para as outras. Elas se calam muito rápido, mas com treino, e com a prática, você se tornará mais adepto à decifrar o que elas soam.
Você ouvirá relatos do passado, do presente e do futuro. Todavia, será bom, você ter um certo cuidado…
Pois não existe voz sem um corpo!
E quando você começar a descobri-las, elas começarão a descobrir você.